quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Vou ter saudades tuas
Repeti tantas vezes para mim mesmo “não me vou apaixonar, não me quero apaixonar, não quero um relacionamento, quero só alguém que mostre que se preocupa comigo e esteja lá para brincar aos namorados”, que a realidade é que compreendi que quanto mais tempo passava, mais eu me enganava a mim mesmo. A minha vida podia ser descrita assim, uma sucessão de enganos de mim para mim mesmo, sempre a convencer-me que há aí alguém que me compreenda e me ame mesmo quando eu próprio não me amo a mim.
Os momentos em que ouvimos tudo o que precisamos de ouvir, são os momentos em que estamos sozinhos. Ninguém fala e ninguém diz nada. Estarmos connosco próprios, pode custar, mas não ouvirmos nada mais do que nós contra nós, e os nossos próprios demónios dentro das nossas cabeças, é meio caminho andado para ouvirmos o que um dia, guardámos só para nós. Nunca ninguém travou batalhas contra nada, então reconhecer que vou cair novamente no buraco de ficar apegado a alguém que pode ou não se apegar, é a melhor forma de batalhar comigo mesmo.
Ela é a primeira pessoa que sei que não se precisa de ir embora, para eu saber a falta que me faz. Não consigo dizer "amo-te", porque não me quero magoar. Usei a palavra tantas vezes em tão diversas situações, que me tornei quase que alérgico, por todas as implicações que me trouxe de tanto acreditar nela. Mas digo-lhe que gosto muito dela todos os dias, porque sei que não a quero magoar. E aí começa a grande batalha em prole do amor.
As promessas feitas, juras de sangue saliva ou suor, em cima de um futuro que ninguém conhece nem ninguém sabe.Eu não sei quem é a mulher da minha vida. Não o consigo projectar agora mesmo na minha cabeça, enquanto bebo um copo de licor beirão e penso sobre todas as pessoas que de certa forma, passaram e marcaram a minha vida. Mas se me perguntassem o feitio da pessoa que queria ter ao meu lado, ocorre-me uma imagem e a única que tenho agora em mim,é dela.
Paguei a minha ingenuidade, em outra vida bem distante do que agora é a minha, bem caro. Paguei-a da pior maneira que alguém pode dar quando damos tudo, que foi receber nada em troca. Mas como acredito que todas as experiências da nossa vida, acontecem para um dia quando encontrarmos a pessoa indicada compreendermos o porquê de nunca ter dado certo antes, aceito a minha ingenuidade e não parto a testa contra uma parede como muitas vezes já me apeteceu fazer.
O amor paga-se caro. As pessoas esquecem-se de mencionar os contras do amor, as peças soltas, os figurantes e as vontades obscuras que todos temos de certa forma.
Eu, como todas os homens que cresceram a ver Disney e rodeado de pessoas apaixonadas, pais, avós, tios e primos, quero um dia viver um grande amor. Longe daqueles que sofrem muito e lutam muito para ficarem juntos. Quero uma coisa simples, embora vá contra mim próprio quando digo que o amor é complicado e o fácil demais é suspeito, mas é só isso que quero.
Olhar para a pessoa que me vou deitar e acordar todas as manhãs, e ver a minha melhor amiga. Morrer de amor por ela nos primeiros anos, morrer de amor, de carinho e de amizade nos outros cinquenta que se seguirem. Saber o que pensa, o que quer, e safá-la de todos os inconvenientes e maus momentos que a vida por vezes nos mete à frente, quando está aborrecida e não tem nada para fazer. A mulher que calhar comigo não vai ser uma sortuda nem ganhar o bingo, tenho dias péssimos com mau humor, e como a minha mãe diz com más energias, mas todo o básico que alguém pode dar a outro, vai ter com suplemento. Ser feliz não é complicado, nós complicamos.
"Descompliquem-se", não se arrependam de nada. A vida é curta demais para arrependimentos, e se um dia me arrependi de alguma coisa que já fiz, então hoje acredito que os erros que ás vezes se atravessam no nosso caminho, é a vida a dizer-nos que estamos no caminho errado.
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